Jane Moraes a musa iluminada da Bossa Nova
domingo, 27 de julho de 2008
Amar é Viver com Arte
Fernanda Rodante
Amar é viver com arte
em todo lugar
em toda parte
Acorde! abra a janela
e pinte o céu
com as cores que sobraram
dos sonhos
produzidos durante o sono
no quarto escuro
Olhe! para os pássaros
circulando entre as árvores
e lembre-se da canção marcante
que toca em seu coração
e reordena a sua mente
Olhe! paras as borboletas
entre as flores
e monte
dirija o cenário
de um balé imaginário
que alternando luzes e sombras
pausas e movimentos
traça o itinerário de um caminho
mais suave pelo labirinto da vida
Pegue! um papel qualquer
preso num diário
ou solto como um guardanapo descartável
jogado ao léu
e faça um poema de amor
Deixe! o seu coração
ser o seu escritor
o seu biógrafo
Amar é viver com arte
Toque! a pele da sua amada
como quem pudesse
em carícias
esculpir uma fada
envolta em estrelas
livres e suspensas
Amar é viver com arte
e realizar em poucos segundos
um filme que passa na cabeça
sem que se esqueça
nenhum detalhe
nenhuma sequência
com todos os créditos
que o destino por ti ofereça
Amar é viver com arte
em todo tempo
em toda pARTE
terça-feira, 22 de julho de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
Descubro Desenhos com as Nuvens
Sara Mello - Plataforma Azul
Você me faz cada vez mais atrevido
qual um transparente vidro,
vestindo uma janela indiscreta
Também pudera!
são tantos e tantos os seus atrativos
que liberam o meu lado voyeur:
o seu cérebro cheio de versos
- neurônios complexos -
a sua boca molhada de beijos proibidos,
a sua língua ferina que também destila carícias,
o seu nariz empinado de orgulho
por ter se inspirado nos mais nobres perfumes,
o seu semblante- feminina esfinge instigante -
jamais decifrável
e que eu quero tanto, por ele, ser devorado,
a sua voz que eu nunca ouvi,
mas que, aos meus ouvidos, soa tão agradável,
os seus olhos que conseguem abarcar
todas as 88 constelações
- nas escuridões consegui esclarecer
os meus caminhos e até...
descubro desenhos com as nuvens
e o meu céu se torna lindo!
Você me faz cada vez mais atrevido
qual uma canção de rock fulminante,
cortando um concerto comportado,
despindo uma platéia bocejante,
rasgando o couro dos impecáveis camarotes.
Você me faz brotar a cada dia que passa
um novo poema que trapaça
as palavras já tão saturadas de confissões.
Você me faz cada vez mais atrevido
e eu colado ao vidro da janela do meu quarto sentinela
olho para o céu
e descubro desenhos com as nuvens
e uma delas
esboça o seu sorriso.
qual um transparente vidro,
vestindo uma janela indiscreta
Também pudera!
são tantos e tantos os seus atrativos
que liberam o meu lado voyeur:
o seu cérebro cheio de versos
- neurônios complexos -
a sua boca molhada de beijos proibidos,
a sua língua ferina que também destila carícias,
o seu nariz empinado de orgulho
por ter se inspirado nos mais nobres perfumes,
o seu semblante- feminina esfinge instigante -
jamais decifrável
e que eu quero tanto, por ele, ser devorado,
a sua voz que eu nunca ouvi,
mas que, aos meus ouvidos, soa tão agradável,
os seus olhos que conseguem abarcar
todas as 88 constelações
- nas escuridões consegui esclarecer
os meus caminhos e até...
descubro desenhos com as nuvens
e o meu céu se torna lindo!
Você me faz cada vez mais atrevido
qual uma canção de rock fulminante,
cortando um concerto comportado,
despindo uma platéia bocejante,
rasgando o couro dos impecáveis camarotes.
Você me faz brotar a cada dia que passa
um novo poema que trapaça
as palavras já tão saturadas de confissões.
Você me faz cada vez mais atrevido
e eu colado ao vidro da janela do meu quarto sentinela
olho para o céu
e descubro desenhos com as nuvens
e uma delas
esboça o seu sorriso.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Hoje é dia de Rock
Hoje é o dia mundial do rock,
Hoje é o dia mundial do rock,
mas pensando bem todos os dias podem ser
basta querer que o verso e o acorde
sejam,em nossas vidas, nossos verdadeiros valores e que nos defendam sempre dos traidores.
While my guitar gently weeps
Hoje é o dia mundial do rock,
mas pensando bem todos os dias podem ser
basta querer que o verso e o acorde
sejam,em nossas vidas, nossos verdadeiros valores e que nos defendam sempre dos traidores.
While my guitar gently weeps
sábado, 12 de julho de 2008
Dry and Wet
Dry words
wet eyes
nor always the vocabulos
they obtain to translate
the filtered feelings
for the vision of the loved being
for the impregnated flavor of homesickness
for the intent taste
that only the passion
in its sweetness
and in its bitter taste
it can provide.
Dry and wet
to absorv
al the rough desert that we have to cross
until finding our oasis
and to refresh itself
under the rain of the love!
quarta-feira, 9 de julho de 2008
A ESTANTE
" A Estante" de Sonia Menna Barreto
veja o site:www.mennabarreto.com.br
veja o site:www.mennabarreto.com.br
A estante
é um móvel
parece imóvel
mas não é, ela se adapta a qualquer ambiente.
A estante guarda livros,
páginas impressas ou manuscritas,
pápeis amigos,
personagens simples e intrigantes,
reflexões paralisantes
e viagens alucinantes.
A estante
é sempre mais conteúdo
do que aparência:
os livros fechados
são transparências de idéias e sentimentos
que podemos , ao abrí-los,
explorar e desvendar em qualquer momento.
A estante pode ser um espelho...
que reflete as nossas almas.
domingo, 6 de julho de 2008
Diário de Bordo
"Destino" de Manabu Mabe
Poematização do Diário de Bordo de Ryu Myzuno
- mentor da imigração japonesa -
O navio Kasuto Maru, de origem russa, foi afundado
em 9 de agôsto de 1945 .
O vapor zarpou
começa a viagem!
sobre o chão aquático
Céu limpo!
avista-se a ilha a estibordo.
Segue o vapor o seu trajeto
- fina chuva pelo amanhecer -
gotículas cintilantes
para arrefecer os ânimos
e ansiedades.
Céu nublado
-telhado de vapor cinzento-
avista-se a bombordo
um farol giratório
- fachos de luzes intercalados
no horizonte enigmático -
Outro dia
Céu límpido
o calor cada vez mais intenso
o suor tortura a pele,
a cabeça dói,
os cabelos envoltos de sol e sal
grudam nos dedos
como os peixes engalfinhados no anzol;
na fritura dos miolos
que trituram as idéias...
a cabeça dói
na aderência de remorsos e agonias.
O foguista esbraveja:
solta palavrões.
Na casa das máquinas
caldeiras espirram faíscas
- a calma já não é tão suave assim -
Inquietação geral!
Tentação para entrar nas cabines comprimidas
- a carência produz violência -
pobres mulheres
de semblantes friamente azulados
para abaixar as febres dos desejos
de popa à proa.
Outro dia
- o tempo não pára -
Intensificam-se os ventos e as chuvas.
Serviços de telegrafia postal adiados
-palavras ficam soltas no ar -
e os olhos entorpecidos pelo denso nevoeiro
revelam os primeiros sinais de saudade
e, tornam iguais,
marinheiros, passageiros e o timoneiro
- mastros envergam sob à fúria do vento -
Próxima parada no porto.
O navio encosta no cais
cansado do seu próprio peso.
Levanta-se a âncora!
A viagem prossegue:
derrama-se, novamente,
o líquido azul e salgado
da ânfora que jorra os segredos
das profundezas do mar.
O calor não está tão escaldante
- felizmente poucos doentes -
Segunda e Terça feira
céu límpido
bom para esclarecer as idéias
e ter a noção exata da viagem.
Quarta feira
metade do dia chuvoso,
no convés, uma briga:
o brilho prateado das lâminas no escuro
não teve, felizmente, consequências graves
- tudo apaziguado qual o bote salva-vida encostado ao lado
sem nenhuma eminência de ser utilizado -
Quinta feira!
Céu transparente até a segunda,
quando se torna nublado,
naufragado em sombras
- manchas fantasmas -
Avista-se, turvada,
uma nova ilha,
um novo sonho de terna realidade.
Outro farol!
o navio fica ancorado fora do porto.
Passam algumas horas...
entra no porto!
Primeiro desembarque.
Retrospectiva material,
física e sentimental dos tripulantes
- inéditos e ainda incrédulos imigrantes -
Passam mais algumas horas...
e o vapor zarpou
rumo ao alto mar.
A viagem prossegue...
o navio balançou...
muitos objetos chegaram a cair
dos seus lugares...
os tripulantes chacoalharam
nas mãos imprevisíveis do destino.
Porto definitivo,
terra firme!
hospedagem
- novos ares e perspectivas =
alguns marinheiros desertores
reentregues à embarcação...
a vida segue...cega...
Poematização do Diário de Bordo de Ryu Myzuno
- mentor da imigração japonesa -
O navio Kasuto Maru, de origem russa, foi afundado
em 9 de agôsto de 1945 .
O vapor zarpou
começa a viagem!
sobre o chão aquático
Céu limpo!
avista-se a ilha a estibordo.
Segue o vapor o seu trajeto
- fina chuva pelo amanhecer -
gotículas cintilantes
para arrefecer os ânimos
e ansiedades.
Céu nublado
-telhado de vapor cinzento-
avista-se a bombordo
um farol giratório
- fachos de luzes intercalados
no horizonte enigmático -
Outro dia
Céu límpido
o calor cada vez mais intenso
o suor tortura a pele,
a cabeça dói,
os cabelos envoltos de sol e sal
grudam nos dedos
como os peixes engalfinhados no anzol;
na fritura dos miolos
que trituram as idéias...
a cabeça dói
na aderência de remorsos e agonias.
O foguista esbraveja:
solta palavrões.
Na casa das máquinas
caldeiras espirram faíscas
- a calma já não é tão suave assim -
Inquietação geral!
Tentação para entrar nas cabines comprimidas
- a carência produz violência -
pobres mulheres
de semblantes friamente azulados
para abaixar as febres dos desejos
de popa à proa.
Outro dia
- o tempo não pára -
Intensificam-se os ventos e as chuvas.
Serviços de telegrafia postal adiados
-palavras ficam soltas no ar -
e os olhos entorpecidos pelo denso nevoeiro
revelam os primeiros sinais de saudade
e, tornam iguais,
marinheiros, passageiros e o timoneiro
- mastros envergam sob à fúria do vento -
Próxima parada no porto.
O navio encosta no cais
cansado do seu próprio peso.
Levanta-se a âncora!
A viagem prossegue:
derrama-se, novamente,
o líquido azul e salgado
da ânfora que jorra os segredos
das profundezas do mar.
O calor não está tão escaldante
- felizmente poucos doentes -
Segunda e Terça feira
céu límpido
bom para esclarecer as idéias
e ter a noção exata da viagem.
Quarta feira
metade do dia chuvoso,
no convés, uma briga:
o brilho prateado das lâminas no escuro
não teve, felizmente, consequências graves
- tudo apaziguado qual o bote salva-vida encostado ao lado
sem nenhuma eminência de ser utilizado -
Quinta feira!
Céu transparente até a segunda,
quando se torna nublado,
naufragado em sombras
- manchas fantasmas -
Avista-se, turvada,
uma nova ilha,
um novo sonho de terna realidade.
Outro farol!
o navio fica ancorado fora do porto.
Passam algumas horas...
entra no porto!
Primeiro desembarque.
Retrospectiva material,
física e sentimental dos tripulantes
- inéditos e ainda incrédulos imigrantes -
Passam mais algumas horas...
e o vapor zarpou
rumo ao alto mar.
A viagem prossegue...
o navio balançou...
muitos objetos chegaram a cair
dos seus lugares...
os tripulantes chacoalharam
nas mãos imprevisíveis do destino.
Porto definitivo,
terra firme!
hospedagem
- novos ares e perspectivas =
alguns marinheiros desertores
reentregues à embarcação...
a vida segue...cega...
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