domingo, 3 de fevereiro de 2008

Bilhar Paulista


Raul meu amigo vamos dar um giro
pelo passado e eu então sugiro
atravessar a Galeria Oliveira Lima
e subir no Bilhar Paulista
e por a conversa em dia
Estou numa sinuca com a minha própria vida
sempre fui um jogador na vida
vivo cada dia como se fôsse o último
vivo cada amor como se fôsse o único
sempre erro o taco
e rasgo o pano
Por que tem que ser sempre assim
quando vou encontrar a minha paz?
Mas será mesmo que eu desejo a placidez de dias sempre iguais,
será que eu desejo as relações normais?
É duro encaçapar uma bola, quanto mais uma seqüencia
...estou com fome...e o lanche quente...seduz o meu olfato e o meu estômago...estou com sede...e a bebida gelada desce na güela como uma chuva no deserto...estou carente...e a lembrança dela faz fervilhar todo o meu sangue
...é bom reencontrar um amigo...pelo menos podemos desabafar!
Na decadência apuro os meus sentidos e pondero as lembranças
Sabe o que eu reencontrei:
um amor puro, um amor criança
que não sabia nada sobre sexo e diferenças sociais
ele apenas se sustentava na profundeza de um olhar!
Este encanto junto com a tristeza jogo agora na mesa de bilhar
e essa sólidas bolas coloridas de marfim sempre a rolar...









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Salve