Feito um candelabro
me abro
suspenso
por todos os lados
e desvendo
no escuro
poros
feridas
porões soterrados
e lentamente
em luz
me propago
no descalabro
de tantos desejos
antes ocultos
indomáveis vultos
que atravessaram
paredes e insultos
Vital revelação
que vem de cima
do teto
que tenta
segurar
este chafariz suspenso
cintilantemente
tenso
Espelhos partidos
e refletidos
sobre todos os ambientes
até sobre os talheres
que seduzem
as línguas
e os dentes.
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