sábado, 14 de junho de 2008

CANDELABRO


Feito um candelabro

me abro

suspenso

por todos os lados

e desvendo

no escuro

poros

feridas

porões soterrados

e lentamente

em luz

me propago

no descalabro

de tantos desejos

antes ocultos

indomáveis vultos

que atravessaram

paredes e insultos

Vital revelação

que vem de cima

do teto

que tenta

segurar

este chafariz suspenso

cintilantemente

tenso

Espelhos partidos

e refletidos

sobre todos os ambientes

até sobre os talheres

que seduzem

as línguas

e os dentes.

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Salve