If they ask to me why I am here
I simple answer
Because here it is the only place at the moment
that I make use
Tomorrow it can be different
as it alsoo can be that is not tomorrow
My life is the street where I walk
the crossing of strange people
the slips on the garbage cans
the anxiety to find some thing of value
and the necessity to value what not yet there is
Not friend, definitively, not
in these difficult times of multiple crisis
it does not agree to disdain nothing
Nobody knows of tomorrow
that it only exist for who knows to surpass today
My life is the street where I walk
and my love for it will resist until when
I to feel pleasure in walking
Today exactly I found somebody that was panning a garbage can
It commented with me that the garbage was rich
almost without no impurity and for my surprise
it invited to prove the slap-up meal
I was without hunger
howerer with necessity to talk
to find a friend
I did not ask to it why it was here
Certainly it is plus one as I
that it walks fulfills its paper
it explores its destination
My life the street where I walk.
terça-feira, 18 de março de 2008
domingo, 16 de março de 2008
DISCOTECA ALDO
Toda vez que eu passava
pela Galeria Oliveira Lima
eu parava em frente à Discoteca Aldo
e, cobiçava os discos e desejados álbuns
com os seus maravilhosos encartes:
Aquele do Bob Dylan que mostra em sua capa
a figura de um triste palhaço...
Aquele do Milton e do Lô Borges
em que os dois, ainda meninos,
estão sentados sobre o chão de terra
que será, talvez, o próprio local
o marco do Clube da Esquina...
Aquele dos The Beatles- Sgt'Peper's
que jamais sairá de catálogo...
O outro dos irmãos Carpenter's
sempre comportados...mas a Karen tem uma voz
que paralisa todos os meus sentidos...
como se ela interpretasse
a mesma emoção que eu sentia...
quando eu via a garota do colégio...
e tantos outros discos...
ainda intactos, sem mesmo possuir
sequer um risco de silêncio!
Via também além dos compactos simples e duplos
outros objetos de desejos...
uma gaita com o seu brilho prateado...
um par de baquetas bem torneado,
esperando descarregar o seu carinho compassado
ou a sua fúria indomável
sobre os tambores e pratos.
Havia também um violão envernizado,
esperando calejar dedos suaves,
esperando tocar as cordas das artérias do coração
de alguém apaixonado.
Eu gostava de ouvir muitas canções:
baladas de amor, quando eu, dela, me lembrava
ou rocks eufóricos, quando, ela, de relance, passava,
mas nunca tive aptidão para tocar nenhum instrumento.
A ponta da caneta não faz barulho sobre o caderno.
A tinta espalha-se sobre a folha
e revela tímidas frases
que escondem intensos sentimentos!
A Discoteca Aldo
comportava em seu limitado espaço físico
a pluralidade dos movimentos musicais
com o seu arsenal infinito de sons e sentimentos!
Fruit of the Instant
Desenho de Sara Mello
The undersstanding that I pursue friend
it is not here
definively not brother.
To look for in they go
also is part
of the way
that I have to follow.
If to betray the proper time
the fruit of the moon is spoon
also it is a form to continue.
To reconstitute the way
rock for rock
slip for slip
in way
the lives flowers thorns and lops
it seems to be to the first sight
extenuate arduous task
fastidious
however
in one it is to reach has relaunched everything
of the eyes living creature
shining pupils
of the memory
always incendiary
all the accumulated dust
it drains
it is filtered
on the fingers
baffing
of your hands
that they confide
to receive
the fruit of the instant.
quarta-feira, 12 de março de 2008
La Gôndola
Tio Giovanni e Tia Julieta
A sua filha Isela sempre sorridente
abrem as portas de vidro da lanchonete "La Gôndola"
e logo ela fica pequena, comprimida, por tanta gente
que nela frequenta!
Esquenta a chapa! Preparem os copos!
Turma para ser realmente Turma!
tem que ser assim mesmo!
um grupo sempre heterogêneo
- a reunião e partilha de personalidades
antagônicas e diferentes.
Saí um milk-shake!
Eu fui atraído como uma criança atraída por um doce
ainda não provado - o sabor do pecado -
e começei a freqüentar e, me tornei assíduo...
Batia o ponto todos os dias!
sem me importar com as condições do tempo
- calor, chuva, garoa fria -
nada impedia o alegre retorno ao forno
da minha juventude em ebulição.
Ficava todos os dias de plantão
encostado em uma das portas de vidro
para ver se a garotinha linda de franjinha,
de uniforme marron, toda delicadinha,
iria passar pela Galeria Oliveira Lima.
Às vezes, ela passava...mas nem me percebia...
e eu sabia que jamais ela iria entrar nesta lanchonete.
Ela é uma garota exemplar!
Linda! aplicada nos estudos!
e de um nível social bem elevado!
Ela não precisa se mostrar aos outros
porque ela, por si só, já brilha demais!
E assim a vida seguia...
Eu e a minha turma
que a cada dia que passava
sempre abrigava e abraçava um novo integrante
em sua tropa.
Tio Giovanni e Tia Julieta
a voz forte e passional contra a delicadeza de gesto
e presteza em servir e apetecer
todos os gostos, todas as mesas.
Garçonetes Julia e Rosângela
e outras... mais efêmeras!
É difícil cair na rotina
na lanchonete"La Gôndola"
cada dia acontece uma surpresa
cada dia mais um rato em Veneza!
Um amigo que encontra um novo amor,
outro que confidencia a dor de perder alguém querido,
outro que engole sapo, outro que pagou o maior mico...
outros que apenas brincam...tiram o sarro...
outros que contam tantas doces e inofensivas mentiras!
A lanchonete "La Gôndola"
tinha este encanto
de juntar e aproximar tantas e tantas personalidades:
Eu entrei com a minha pureza e pouca idade
e, começei a descobrir o mundo real e desigual
que iria encontrar no futuro:
eu procurava o amor puro...
já havia encontrado!
mas estava só...e, então, procurei outros afetos...
Lula colecionava conquistas...
Douglas também...relações relâmpagos!
E eles me diziam: quanto mais conquistas você obter
mais a sua imagem vai brilhar!
Eu sonhava o amor único e eterno e,
sempre levava um caderno repleto
de poemas pretenciosos
e, em sua contra capa, desenhava corações,
onde gravava e entrelaçava o meu nome com o nome dela
O seu nome é lindo! CoqueTEL MÁgico de letras e sons!
Raul, mais experiente, de certa forma pensava como eu
e me dizia-sábias palavras-
no mundo, na vida, o melhor é tentar fazer o que é possível ser feito
com os reais recursos que temos em nossas mãos!
Sonhar não é proibido,
mas algumas vezes é melhor encarar, frente a frente,a realidade
com todas as suas limitações e duras verdades!
Norival e as suas traquinagens e rolos
os primeiros jeans cobiçados trazidos do Paraguai:
o recurso ilícito do clip amarrado no barbante
para ouvir, sem introduzir fichas, as músicas,
várias vezes, na vitrola mágica!
Tio Giovanni e Tia Julieta
muita gente para olhar e controlar
Verinha, a demonstradora, magrinha e espoleta
e sua amiga de ar sério Maria Helena,
Américo que estudava no Pentágono
e sonhava o Mackenzie...
Maury, Franco, Português, Vilma, Consuelo,
Regina, Ivone, Narciso, Zequinha...
e até o radialista Lombardi frequentavam
esta lanchonete mágica!
Maioneses personalizadas!
Sorvetes de várias marcas!
Papos furados e profundos!
Fernando e os seus filosófos!
Geraldo e o seu terno!
E eu perguntava ao Douglas...ao Zapinha...ao Américo...
qual baile vamos escolher?Tantos convites!
a casa da menina "patricinha" que estudava no Coração de Jesus
ou o porão improvisado de salão
com apenas um acanhado gravador de fitas magnéticas?
ou a quermesse brega do Clube do Rhodia?
Lanchonete "La Gôndola"
a concentração para as festas e os bailes noturnos:
Bochófilo, Clube Xadrez, Pan WD,
domingueiras do Ocara, Primeiro de Maio, Oito de Abril...
Santo André, a pé, pelas madrugadas...
que saudades!
Cabelo e o seu Mustang vermelho!
Alemão e o Clube de Campo!
Roberto e as suas cantadas!
Eu,Guto,e os meus primeiros poemas...
e algumas escapadas por outros lugares...
Boutique Saint Ethienne e a agradável Marina sempre falante...
Homero... Palácio...Celso...amigos constantes...
Boutique Candelabro - desejos de consumo -reunião de intelectuais!
Augusto Maciel! Literatura! Teatro! Taubaté...Geraldo Rosa...
Carioca...Zé Maria...Vagner Rampinha e as suas Nights Celebrations
O costureiro Lázaro e os seus amigos - primitivos gays-
Quantos fatos, quantas coisas para lembrar!
Esta gôndola vai ter que empreender muitas viagens...
segunda-feira, 10 de março de 2008
Sundown
The green I leave nature to preserv it.
The blue one all to the sky to contemplate
and,both, for the immense sea...
to sail all the dreams...
The yellow I leave Sun to paint it
the day until the dusk,
when the black veil of the night
it comes involving in them:
I same like of the red and the lilac!
The red because it is the color thath reflects the passion,
that it allows the blood to shine consistent
reverse to the any destilation.
The lilac because it is hidden in the mystery
of your charmer to look at.
Like of the red and the lilac
because they are the lost colors
of one Sundown
that it promises and always fulfills:
Tomorrow I go again to shine!
domingo, 9 de março de 2008
PÔR DO SOL
foto de Bel Gasparotto
Eu gosto do vermelho e do lilás!
O verde eu deixo para a natureza preservar.
O azul todo ao céu para contemplar
e, ambos, para o imenso mar...
para navegar todos os sonhos...
O amarelo eu deixo para o Sol pintar
o dia até o anoitecer,
quando o negro véu da noite
vem nos envolver;
Eu gosto mesmo do vermelho e do lilás!
O vermelho porque é a cor que reflete a paixão:
que permite o sangue brilhar espêsso,
avêsso à qualquer destilação.
O lilás porque se esconde no mistério
do teu encantador olhar.
Gosto do vermelho e do lilás
porque são as derradeiras cores
de um pôr de sol
que sempre promete e cumpre:
Amanhã novamente vou brilhar!
Eu gosto do vermelho e do lilás!
O verde eu deixo para a natureza preservar.
O azul todo ao céu para contemplar
e, ambos, para o imenso mar...
para navegar todos os sonhos...
O amarelo eu deixo para o Sol pintar
o dia até o anoitecer,
quando o negro véu da noite
vem nos envolver;
Eu gosto mesmo do vermelho e do lilás!
O vermelho porque é a cor que reflete a paixão:
que permite o sangue brilhar espêsso,
avêsso à qualquer destilação.
O lilás porque se esconde no mistério
do teu encantador olhar.
Gosto do vermelho e do lilás
porque são as derradeiras cores
de um pôr de sol
que sempre promete e cumpre:
Amanhã novamente vou brilhar!
sábado, 8 de março de 2008
Realejo
Há quanto tempo...
eu não vejo mais um realejo.
Há quanto tempo..
eu não ouço o seu som envolvente
que vem do encanto
do manejo da mão
sobre a singela manivela
de alguém que leva a sorte
para os outros...
com o seu periquito guardião
dos bilhetes coloridos
tão esperados...
que destravam portinholas,
janelas e corações.
Há quanto tempo...
eu não vejo mais um realejo
percorrer as ruas,
distribuindo esperanças
aos velhos, moços e crianças,
prometendo realizar todos os seus desejos.
Hoje o tempo é tão corrido...
o espaço tão perversamente estreito...
os passos são tão rápidos...
os medos tão transparentes...
os atos violentos tão flagrantes
que até assustam
os periquitos sempre inocentes
e, supostamente, falantes.
Eles não podem mais pousar
sobre as caixas de bilhetes,
simetricamente, dispostos,
picotando-os,docilmente,
com os seus bicos tão sensíveis.
O realejo
virou apenas um molejo
desgastado na memória
e só aparece...
em fugazes relâmpagos
em breves lampejos
de saudades de outrora.
eu não vejo mais um realejo.
Há quanto tempo..
eu não ouço o seu som envolvente
que vem do encanto
do manejo da mão
sobre a singela manivela
de alguém que leva a sorte
para os outros...
com o seu periquito guardião
dos bilhetes coloridos
tão esperados...
que destravam portinholas,
janelas e corações.
Há quanto tempo...
eu não vejo mais um realejo
percorrer as ruas,
distribuindo esperanças
aos velhos, moços e crianças,
prometendo realizar todos os seus desejos.
Hoje o tempo é tão corrido...
o espaço tão perversamente estreito...
os passos são tão rápidos...
os medos tão transparentes...
os atos violentos tão flagrantes
que até assustam
os periquitos sempre inocentes
e, supostamente, falantes.
Eles não podem mais pousar
sobre as caixas de bilhetes,
simetricamente, dispostos,
picotando-os,docilmente,
com os seus bicos tão sensíveis.
O realejo
virou apenas um molejo
desgastado na memória
e só aparece...
em fugazes relâmpagos
em breves lampejos
de saudades de outrora.
sexta-feira, 7 de março de 2008
Catavento
Eu quis vingar o meu destino
a qualquer preço
e, aproveitar o pouco tempo que me resta.
Cada tempo
têm os seus ventos
e passageiras brisas.
Um catavento ousou desafiar
o poder do vento
e, girar as suas pontas
ao seu favor.
Eu quis te ver novamente,
desesperadamente.
As janelas estavam fechadas
e, só encontrei uma fresta
suficiente para te ver
e, constatar
que tu és a mais linda mulher!
Eu quis vingar o meu destino
o meu medo de declarar,
mas satisfeito o desejo,
o sonho de abrir e extravasar os meus sentimentos,
o vento do remorso
fez girar novamente o catavento
que mora dentro do meu coração:
o catavento que vai e volta,
mas nunca domina o tempo
e pára como um frustrado soluço
na garganta da ilusão.
Cada tempo
têm os seus ventos
e passageiras brisas.
Um catavento ousou desafiar
o poder do vento
e girar as suas pontas
ao seu favor.
Só que ele não conseguiu prever
foi a dor de precisar da brisa, esquecer.
a qualquer preço
e, aproveitar o pouco tempo que me resta.
Cada tempo
têm os seus ventos
e passageiras brisas.
Um catavento ousou desafiar
o poder do vento
e, girar as suas pontas
ao seu favor.
Eu quis te ver novamente,
desesperadamente.
As janelas estavam fechadas
e, só encontrei uma fresta
suficiente para te ver
e, constatar
que tu és a mais linda mulher!
Eu quis vingar o meu destino
o meu medo de declarar,
mas satisfeito o desejo,
o sonho de abrir e extravasar os meus sentimentos,
o vento do remorso
fez girar novamente o catavento
que mora dentro do meu coração:
o catavento que vai e volta,
mas nunca domina o tempo
e pára como um frustrado soluço
na garganta da ilusão.
Cada tempo
têm os seus ventos
e passageiras brisas.
Um catavento ousou desafiar
o poder do vento
e girar as suas pontas
ao seu favor.
Só que ele não conseguiu prever
foi a dor de precisar da brisa, esquecer.
VISIT TO MUSEUM
You promissed to me
a meeting in the museum
To speak of art in all part
To see to observe and to devour pictures
academics and modern screens
in ostensive frames
or fragile and bizarres supports
acrylic oils and wattercolours
mixing techniques
nervous gesture
remaining portions of inks and papers
diffuse for the floor
or mobiles suspended
in the agressive or lyric environment
You promissed to me
a trip for the museum
To give life to the sculptures
space entire freedon
To the installations that my desire
so great indomitable requires
Any is not a brush
that its produces a light
chisel is not one any
that it reproduces its enchantment
You promissed to me
I sing coloring it dark
where I hide myself
inside of a solid wall
You promissed to be fresco
to fill the pores
of my being so nonsense.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Madeira-MamorÉ
eu andei de trem em Porto Velho, Rondônia em 1996, "puxado" por esta maravilhosa locomotiva!
Sob os escombros
da estrada de ferro
Madeira-Mamoré
resiste uma locomotiva a vapor
e alguns coadjuvantes vagões
que ainda conservam
resquícios de uma existência
dourada.
Sobre os trilhos castigados
por tantas jornadas
a locomotiva e os vagões
mesmo parados
abandonados
conservam o seu encanto
mescla de brinquedo
e austeridade.
Quando se viaja de trem
esquecemos de nossas verdadeiras idades
e somos todos
maravilhosamente
Piuiiiiii......Piuiiiiii.....Piuiiiiii......
meninos outra vez!
Eu olho a locomotiva
e tenho vontade de ser
o condutor
ou até mesmo o foguista
alimentar de lenha
e dar vida a todas estas pesadas engrenagens
Faíscas!
Eu olho a locomotiva
e tenho a vontade de ser seu eterno passageiro
sentar sobre a macia poltrona
contemplando as paisagens
sentindo o vento
tocando o meu rosto
rondando Rondônia
em seus recônditos
encantos e recantos.
Terra de Ninguém!
O céu é para todos!
O amor é um privilégio!
parece..
que tu estás ao meu lado
sinto as tuas suaves mãos
afagando as minhas trêmulas de emoção:
sinto a tua cabeça
encostada em meu ombro:
sinto a emoção
de encontrar um tesouro
sob os escombros
da estrada de ferro
Madeira-Mamoré .
Segredos de um Sorriso
Quem sabe um dia eu possa colocar o sorriso da mulher que eu realmente desejo mostrar, por enquanto apenas o perfume da sua eterna e doce lembrança fica no ar!
O que esconde um sorriso
alguém bem sucedido
ou a surpresa de encontrar
ainda o desconhecido?
O que esconde um sorriso
toda a infância encantadora e permitida
toda a adolescência convulsiva e consentida
toda a maturidade conquistada?
O que esconde um sorriso
todos os passos da longa estrada
ou simples atalhos
que vasculharam
profundamente a alma?
O que esconde um sorriso
a nítida e limpa calma de enfrentar
os dissabores e transtornos da vida?
O que esconde um sorriso
é o paraíso de se ter permitido
provar o proibido
e se manter digno
fiel às suas convicções
aos seus príncipios?
O que esconde um sorriso
são pétalas maciças
esmalte resistente
às tintas que tentam
pichar em nossas vidas
frases repressivas
palavras atrevidas
que os nossos ouvidos as revida
com canções de amor?
O que um sorriso esconde
senão o mérito
de suportar a dor?
O que um sorriso esconde
talvez a realização
do que se julgava impossível alcançar.
O que esconde um sorriso
alguém bem sucedido
ou a surpresa de encontrar
ainda o desconhecido?
O que esconde um sorriso
toda a infância encantadora e permitida
toda a adolescência convulsiva e consentida
toda a maturidade conquistada?
O que esconde um sorriso
todos os passos da longa estrada
ou simples atalhos
que vasculharam
profundamente a alma?
O que esconde um sorriso
a nítida e limpa calma de enfrentar
os dissabores e transtornos da vida?
O que esconde um sorriso
é o paraíso de se ter permitido
provar o proibido
e se manter digno
fiel às suas convicções
aos seus príncipios?
O que esconde um sorriso
são pétalas maciças
esmalte resistente
às tintas que tentam
pichar em nossas vidas
frases repressivas
palavras atrevidas
que os nossos ouvidos as revida
com canções de amor?
O que um sorriso esconde
senão o mérito
de suportar a dor?
O que um sorriso esconde
talvez a realização
do que se julgava impossível alcançar.
quarta-feira, 5 de março de 2008
Calor e Calafrio
Gosto muito de ti
mais do que eu deveria gostar.
Sei que os degraus desta escada
jamais devo confiar,
mas eu insisto em subir
esta clarabóia que me leva
a paranóia de querer levitar.
Sei que os meus passos em falso
me levam ao meu próprio cadafalso,
mas decidi me arriscar.
Vou superar o medo de altura
e vertigens,
atravessar os límites e os muros,
pois eu sei que um ser se apura
nos apuros que a vida reserva
e, quem ama não foge, não se preserva,
pois o amor é uma janela aberta sempre,
exposta à luz e às tempestades
( abra o pára-quedas!
solte a asa delta!
estou pronto para decolar!)
Te abraçar em terra firme
ou em agitado mar.
O que importa, abre a porta
é poder te encontrar.
Quando te vejo
te sinto nos arredores de mim
em puros acasos ou ternas lembranças
ou acalentadores sonhos
ou mesmo nas espirais de um incenso de jasmim.
Fico assim transtornado
páraquedista de primeiro salto
sinto calor e calafrio
com os olhos maravilhados de uma criança
próprios de um ser apaixonado
que ao mesmo tempo
é um avião a subir
e um navio a afundar:
é um campo florido
e um deserto sómbrio.
Calor e calafrio
este rio é um arrepio
este arrepio é um rio
e o meu corpo é um navio
e o teu corpo é o porto
que estás tão longe,
mas o teu olhar é o meu farol:
o meu farol é o teu olhar
Tu és um sonho de luz
eu sou o navio... a te procurar.
Tu és uma forte paixão
eu sou o insistente pavio
disposto a detonar
toda a emoção que não quer mais ficar
nas paredes ensangüentadas do meu coração.
Não sei se me exponho
ou com minha dor vou mergulhar.
Não sei se me revelo
ou vou me ocultar
sob as asas de um avião audaz
ou mesmo no convés
no porão sómbrio de um navio,
mas sempre é belo te recordar.
Esta cama é um simples barco
que sonha um navio
que vira o próprio mar
e, este lençol é a vela que me leva
ao sol do teu olhar
e, esta manta é o teu corpo
a me desejar
e, afastar a pirata solidão.
Vale qualquer ato,
qualquer sacrifício
para o artifício de te amar.
Um simples barco vira um navio,
uma solitária lágrima vira o mar.
Calor e calafrio
faz melhor o meu sangue circular
Calor e calafrio
mais uma noite eu te sonhei...
mais um dia acordei...
para ver outros navios...
e uma provável sereia...
nas tórridas areias
do desejo de te amar.
mais do que eu deveria gostar.
Sei que os degraus desta escada
jamais devo confiar,
mas eu insisto em subir
esta clarabóia que me leva
a paranóia de querer levitar.
Sei que os meus passos em falso
me levam ao meu próprio cadafalso,
mas decidi me arriscar.
Vou superar o medo de altura
e vertigens,
atravessar os límites e os muros,
pois eu sei que um ser se apura
nos apuros que a vida reserva
e, quem ama não foge, não se preserva,
pois o amor é uma janela aberta sempre,
exposta à luz e às tempestades
( abra o pára-quedas!
solte a asa delta!
estou pronto para decolar!)
Te abraçar em terra firme
ou em agitado mar.
O que importa, abre a porta
é poder te encontrar.
Quando te vejo
te sinto nos arredores de mim
em puros acasos ou ternas lembranças
ou acalentadores sonhos
ou mesmo nas espirais de um incenso de jasmim.
Fico assim transtornado
páraquedista de primeiro salto
sinto calor e calafrio
com os olhos maravilhados de uma criança
próprios de um ser apaixonado
que ao mesmo tempo
é um avião a subir
e um navio a afundar:
é um campo florido
e um deserto sómbrio.
Calor e calafrio
este rio é um arrepio
este arrepio é um rio
e o meu corpo é um navio
e o teu corpo é o porto
que estás tão longe,
mas o teu olhar é o meu farol:
o meu farol é o teu olhar
Tu és um sonho de luz
eu sou o navio... a te procurar.
Tu és uma forte paixão
eu sou o insistente pavio
disposto a detonar
toda a emoção que não quer mais ficar
nas paredes ensangüentadas do meu coração.
Não sei se me exponho
ou com minha dor vou mergulhar.
Não sei se me revelo
ou vou me ocultar
sob as asas de um avião audaz
ou mesmo no convés
no porão sómbrio de um navio,
mas sempre é belo te recordar.
Esta cama é um simples barco
que sonha um navio
que vira o próprio mar
e, este lençol é a vela que me leva
ao sol do teu olhar
e, esta manta é o teu corpo
a me desejar
e, afastar a pirata solidão.
Vale qualquer ato,
qualquer sacrifício
para o artifício de te amar.
Um simples barco vira um navio,
uma solitária lágrima vira o mar.
Calor e calafrio
faz melhor o meu sangue circular
Calor e calafrio
mais uma noite eu te sonhei...
mais um dia acordei...
para ver outros navios...
e uma provável sereia...
nas tórridas areias
do desejo de te amar.
terça-feira, 4 de março de 2008
PATTY
Patricia Marx
Muitas Pattys passaram por minha vida
muitas foram perdidas no tempo
algumas patinaram em lembranças
outras permanecem para sempre
A Patty Duke do seriado dos anos 60
A Patty pastilha de menta que transformou
a minha ilha num mar de paixão
A Patty Pimentinha que eu via todos os dias
junto com Snoopy e Charlie Brown
nas tirinhas do jornal e mais prá frente:
A Patty Marx
que adora os animais
que adora cantar
Quantas Pattys podem me fascinar!
Muitas Pattys passaram por minha vida
muitas foram perdidas no tempo
algumas patinaram em lembranças
outras permanecem para sempre
A Patty Duke do seriado dos anos 60
A Patty pastilha de menta que transformou
a minha ilha num mar de paixão
A Patty Pimentinha que eu via todos os dias
junto com Snoopy e Charlie Brown
nas tirinhas do jornal e mais prá frente:
A Patty Marx
que adora os animais
que adora cantar
Quantas Pattys podem me fascinar!
segunda-feira, 3 de março de 2008
SINO de Bel Gasparotto
http://fotolog.com/belgasparotto
Nenhum sino é solitário
porque dentro de si sempre há um som solidário
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