domingo, 14 de junho de 2009
Fuga
Saudosamente vou fugir para um jardim
meu, seu, seja com flores amassadas
ou pálidas cores sem colibrí.
Na bolsa levarei falas macias aos lábios
vertigem aos olhares desconfiados
disfarces recém colhidos.
Eu lhe darei flores...
Os muros abrigam jatos de tintas a lhe gritar
Levita a essência caçada por sobre minha janela
onde debruçados meus ouvidos esperam
Esperam ouvir sussurrado seu doce paladar
as gotas de carinho a infiltrar a película monocromática
Eu lhe darei flores...
de uniforme a xadrez, desbotadas cores vívidas
No seu cabelo emaranhar brilho e desejos
meu, seu, sejam eles adornos supérfluos indispensáveis
E na rua em que eu passar, luzes
No último poste irei esperar, com o ramalhete em mãos
colhido na fuga
no meu, seu, nosso jardim
Entrego só, só entre nós dois.
Desirée Gomes
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Um comentário:
Se meus arremessos de versos lhe agradam, feliz fico eu! Lisonjeada pela postagem.
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