terça-feira, 29 de junho de 2010
Cheers Pub
eram muitos reflexos
estuprando as cerejas
das mesas
eram pelejas de peles
por dentro das miragens
de suportando as luzes
cruzando lampejos
de pelo enfeitados
dançando sobre leques
ou pileques
de lábios vermelhos
vidros lambendo o espelho
beijando bancadas
bancando desejos sem
manequins
nudez de vidraça
mordendo as taças
sedentas
que bordam licores
ou amores?
no tempo dos refletores
salivados de todas as cores
que lambuzam a cerimônia
gelo trincando
cacos segredos
cavados
curvados
pelos dedos
que tocam a noite
piscada
toda derramada
por entre cílios
desbotados
borrados
pela tinta
que insiste em ficar.
Publicado por Beatriz Bajo
Close
Meia luz
camera subjetiva
Cena única
uma túnica
sobre o pescoço modigliane
alguns fios de cabelo em alvoroço
um esboço rebelde sobre o rosto
que domina a luz
e seduz todas as sombras
ao redor
Meia luz que reduz
o poder de um refletor
Um close
que ocupa todo o cenário
dentro de um roteiro
que não necessita
nenhuma trama
ou sequer uma palavra
o dedo no canto de seus lábios
segura o segredo de toda a estoria
todas as personagens moram
dentro dos seus olhos e
aparecem do lado de fora do seu sorriso
apenas a sua imagem se faz necessária
para um close encantado!
Carlos Gutierrez
camera subjetiva
Cena única
uma túnica
sobre o pescoço modigliane
alguns fios de cabelo em alvoroço
um esboço rebelde sobre o rosto
que domina a luz
e seduz todas as sombras
ao redor
Meia luz que reduz
o poder de um refletor
Um close
que ocupa todo o cenário
dentro de um roteiro
que não necessita
nenhuma trama
ou sequer uma palavra
o dedo no canto de seus lábios
segura o segredo de toda a estoria
todas as personagens moram
dentro dos seus olhos e
aparecem do lado de fora do seu sorriso
apenas a sua imagem se faz necessária
para um close encantado!
Carlos Gutierrez
domingo, 27 de junho de 2010
Marcas
um piquenique
um inseto que pique
um assunto que não fique
muito bem definido
repelique
uma noite comprida
sombras nos travesseiros
copos caídos
corpos traídos pelo desejo
Uma cabana vulnerável
Uma Noite estrelada!
O chapéu de palha esquecido por Van Gogh
Um girassol que sobrevive mais uma Noite
Um grilo seresteiro
Todas as marcas dos dedos
digitais e profundas
Duas xícaras marcadas em negro
de um café recente
borras no fundo de destinos
que não conseguimos interpreta-los direito
um cantil que guarda um pequeno rio
um riacho límpido
ou um lago avido de pedras de desejos
Uma cesta de frutas assustadas pelo pavor do bolor
Marcas marcas verdes de grama molhada
ocres de retoques de passos sobre a terra espalhada
Marcas incolores no relevo de nossas roupas amassadas
Marcas de abraços nos espaços de nossas saudades
Carlos Gutierrez
um inseto que pique
um assunto que não fique
muito bem definido
repelique
uma noite comprida
sombras nos travesseiros
copos caídos
corpos traídos pelo desejo
Uma cabana vulnerável
Uma Noite estrelada!
O chapéu de palha esquecido por Van Gogh
Um girassol que sobrevive mais uma Noite
Um grilo seresteiro
Todas as marcas dos dedos
digitais e profundas
Duas xícaras marcadas em negro
de um café recente
borras no fundo de destinos
que não conseguimos interpreta-los direito
um cantil que guarda um pequeno rio
um riacho límpido
ou um lago avido de pedras de desejos
Uma cesta de frutas assustadas pelo pavor do bolor
Marcas marcas verdes de grama molhada
ocres de retoques de passos sobre a terra espalhada
Marcas incolores no relevo de nossas roupas amassadas
Marcas de abraços nos espaços de nossas saudades
Carlos Gutierrez
Face of Someone
And please, come
the way they are:
tidy
or messy;
the same dust
the old road;
of a recent dream
seducing dawn.
Free or armed
always be loved
while consentedst
my words
- Seeds seedlings letters
wanting to touch your heart -
And please, come
only for a moment
Face of Someone
- Serene face -
that shakes my whole being!
Face of Someone
so recent and so familiar!
Come and look at yourself in the mirror as well
and make sure of your eternity
rainbow
In my eclipse soon ...
Carlos Gutierrez
the way they are:
tidy
or messy;
the same dust
the old road;
of a recent dream
seducing dawn.
Free or armed
always be loved
while consentedst
my words
- Seeds seedlings letters
wanting to touch your heart -
And please, come
only for a moment
Face of Someone
- Serene face -
that shakes my whole being!
Face of Someone
so recent and so familiar!
Come and look at yourself in the mirror as well
and make sure of your eternity
rainbow
In my eclipse soon ...
Carlos Gutierrez
A Flor da Pele
Sabe aquilo que a gente não consegue evitar
que aflora à pele
e faz estremecer o coração
que repele todas as limitações
que faz um cara apaixonado
imitar um pássaro acostumado
aos mais altos voos
é mais ou menos assim
algo que não tem futuro
mas que a gente reluta em dar um fim
algo que cada vez mais se solidifica
e cria raízes
sem se importar com possíveis talhos e cicatrizes
porque faz aflorar a minha sensibilidade
quando sente o perfume da sua saudade
em pétalas encantadas que grudam
em minhas páginas
como se fôsse um chicletes
que esticasse os meus tênis
e me levasse ao seu encontro!
é assim...assim...e eu gosto enfim
Carlos Gutierrez
que aflora à pele
e faz estremecer o coração
que repele todas as limitações
que faz um cara apaixonado
imitar um pássaro acostumado
aos mais altos voos
é mais ou menos assim
algo que não tem futuro
mas que a gente reluta em dar um fim
algo que cada vez mais se solidifica
e cria raízes
sem se importar com possíveis talhos e cicatrizes
porque faz aflorar a minha sensibilidade
quando sente o perfume da sua saudade
em pétalas encantadas que grudam
em minhas páginas
como se fôsse um chicletes
que esticasse os meus tênis
e me levasse ao seu encontro!
é assim...assim...e eu gosto enfim
Carlos Gutierrez
sábado, 26 de junho de 2010
Barbear
Estou me barbeando agora...
deslizando a lamina suavemente sobre o meu rosto...
envolto na densa e alva espuma
os poros se libertam
a cada pelo retirado
após cada movimento descendente
e invertidamente escanhoado
aplico uma generosa agua velva...
todo o frescor da selva...
o meu rosto esta azulado
em contraste com o seu maravilhosamente cor de rosa ...
Sinto o frio azul em minha pele
em contraste com o seu rosa choque quente...
derrubo mais agua velva para resfriar...
o seu corpo macio amortece os meus desejos ...
tira o peso do meu medo
e me sinto leve sem remorsos!
Carlos Gutierrez
deslizando a lamina suavemente sobre o meu rosto...
envolto na densa e alva espuma
os poros se libertam
a cada pelo retirado
após cada movimento descendente
e invertidamente escanhoado
aplico uma generosa agua velva...
todo o frescor da selva...
o meu rosto esta azulado
em contraste com o seu maravilhosamente cor de rosa ...
Sinto o frio azul em minha pele
em contraste com o seu rosa choque quente...
derrubo mais agua velva para resfriar...
o seu corpo macio amortece os meus desejos ...
tira o peso do meu medo
e me sinto leve sem remorsos!
Carlos Gutierrez
You say you love
"You say you love"
I.
You say you love; but with a voice
Chaster than a nun's, who singeth
The soft Vespers to herself
While the chime-bell ringeth -
O love me truly!
II.
You say you love; but with a smile
Cold as sunrise in September,
As you were Saint Cupid's nun,
And kept his weeks of Ember.
O love me truly!
III.
You say you love - but then your lips
Coral tinted teach no blisses.
More than coral in the sea -
They never pout for kisses -
O love me truly!
IV.
You say you love; but then your hand
No soft squeeze for squeeze returneth,
It is like a statue's dead -
While mine to passion burneth -
O love me truly!
V.
O breathe a word or two of fire!
Smile, as if those words should burn be,
Squeeze as lovers should - O kiss
And in thy heart inurn me!
O love me truly!
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/rssc/single_feed.php?fid=10525#ixzz0rxylRU4F
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
John Keats
I.
You say you love; but with a voice
Chaster than a nun's, who singeth
The soft Vespers to herself
While the chime-bell ringeth -
O love me truly!
II.
You say you love; but with a smile
Cold as sunrise in September,
As you were Saint Cupid's nun,
And kept his weeks of Ember.
O love me truly!
III.
You say you love - but then your lips
Coral tinted teach no blisses.
More than coral in the sea -
They never pout for kisses -
O love me truly!
IV.
You say you love; but then your hand
No soft squeeze for squeeze returneth,
It is like a statue's dead -
While mine to passion burneth -
O love me truly!
V.
O breathe a word or two of fire!
Smile, as if those words should burn be,
Squeeze as lovers should - O kiss
And in thy heart inurn me!
O love me truly!
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/rssc/single_feed.php?fid=10525#ixzz0rxylRU4F
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
John Keats
Composiçao
Ritmo
Harmonia
Sonoridade
cada nota do seu ser
que me invade
cada olhar
que deixa saudade
O seu sorriso
teclas de felicidade
Os seus olhos que pulam
do vibrafone
O seu encanto que brota
de cada chave do saxofone
As suas pausas
os meus silencios
Todos os efeitos e improvisos
de quem toca e retoca nossas almas!
Carlos Gutierrez
Harmonia
Sonoridade
cada nota do seu ser
que me invade
cada olhar
que deixa saudade
O seu sorriso
teclas de felicidade
Os seus olhos que pulam
do vibrafone
O seu encanto que brota
de cada chave do saxofone
As suas pausas
os meus silencios
Todos os efeitos e improvisos
de quem toca e retoca nossas almas!
Carlos Gutierrez
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Viagens e Vertigens
O tempo urge
o tempo náo pára
o tempo dispara
foge do nosso controle
despreza nossas espectativas
mesmo assim a gente cultiva
a paciência
e na inconsciência dos sentidos
a gente brinca com o vento
e fala de amor!
Suavemente
você murmura nas viagens
e grita nas vertigens!
Carlos Gutierrez
o tempo náo pára
o tempo dispara
foge do nosso controle
despreza nossas espectativas
mesmo assim a gente cultiva
a paciência
e na inconsciência dos sentidos
a gente brinca com o vento
e fala de amor!
Suavemente
você murmura nas viagens
e grita nas vertigens!
Carlos Gutierrez
quarta-feira, 23 de junho de 2010
CRIOLANDO
Prenuncios
Preparativos
Concentração
Todo o chão para um andarilho
Envolvimento
Enxertos
em cada conta do rosário
Eu vestirei a sua pele
Eu serei todas as suas lágrimas
e todo o amargor dos seus lamentos
Eu serei cada pétala
de todas as flores que você carrega
e entrega como se entregasse
o seu proprio coração
Eu serei cada lágrima quente
que escorre da vela
a parafina que desencadeia a chama
a chama que incendeia a alma
e depois fria repousa na capela
Carlos Gutierrez
Preparativos
Concentração
Todo o chão para um andarilho
Envolvimento
Enxertos
em cada conta do rosário
Eu vestirei a sua pele
Eu serei todas as suas lágrimas
e todo o amargor dos seus lamentos
Eu serei cada pétala
de todas as flores que você carrega
e entrega como se entregasse
o seu proprio coração
Eu serei cada lágrima quente
que escorre da vela
a parafina que desencadeia a chama
a chama que incendeia a alma
e depois fria repousa na capela
Carlos Gutierrez
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Morte de Massao Ohno
Jorge da Cunha Lima - Em busca da ignorância perdida
13/06/2010 - 19:48
MORTE DE MASSAO OHNO
Não havia grito ou poesia solta no ar, que Massao Ohno não transformasse em livro.
Foi o editor bissexto mais regular nas décadas de sessenta, setenta, e oitenta e, mesmo, até o fim da vida.
Todo poeta é tímido diante da hipótese de editar suas poesias. As editoras, geralmente, não estão interessadas em poetas, cujos livros vendem pouco. Um poeta, pode ser excelente na escrita, mas geralmente é um neófito na produção de um livro.
Massao era um mestre. Tinha um gosto extraordinário. Todos os seus livros eram bonitos, bem ilustrados e bem paginados.
Todo o grupo de vanguarda da poesia paulista passou por ele: Hilda Hilst, Roberto Piva e Jorge Mautner. Todo o grupo da Feira de Poesia passou por ele: Eu, Claudio Willer, De Franceschi, Eduardo Giannetti e muitos outros.
Massao acolhia os mecenas da jovem poesia, como Rosita Kempf e Orides Fontela, lembra o crítico David Arrigucci Jr. Massao não perdia os comícios poéticos da Livraria Brasiliense, que reunia dezenas de poetas, e nos quais se liam poemas revolucionários de Neruda, Lorca e Drumond, nas barbas dos agentes do DOPS que afirmavam não ver perigo naquelas frescuras. Depois, inspirou a Feira de Poesia No Municipal, festim poético que reuniu milhares de pessoas, inclusive poetas de outros estados, principalmente os que despontavam no cenário político de Copacabana.
Lembro-me quando Massao coproduziu o Bandido da luz Vermelha do Sgarnzela. Ao fim das filmagens íamos todos, no Landau do bandido, tomar umas no Pari bar.
Massao era de uma violência apaixonada no amor, mas tranqüilo como uma ioga quando levantava seu copinho de cachaça, da mesa à boca. Foi fiel e esse gesto durante toda a vida.
Autor: Jorge da Cunha Lima -
13/06/2010 - 19:48
MORTE DE MASSAO OHNO
Não havia grito ou poesia solta no ar, que Massao Ohno não transformasse em livro.
Foi o editor bissexto mais regular nas décadas de sessenta, setenta, e oitenta e, mesmo, até o fim da vida.
Todo poeta é tímido diante da hipótese de editar suas poesias. As editoras, geralmente, não estão interessadas em poetas, cujos livros vendem pouco. Um poeta, pode ser excelente na escrita, mas geralmente é um neófito na produção de um livro.
Massao era um mestre. Tinha um gosto extraordinário. Todos os seus livros eram bonitos, bem ilustrados e bem paginados.
Todo o grupo de vanguarda da poesia paulista passou por ele: Hilda Hilst, Roberto Piva e Jorge Mautner. Todo o grupo da Feira de Poesia passou por ele: Eu, Claudio Willer, De Franceschi, Eduardo Giannetti e muitos outros.
Massao acolhia os mecenas da jovem poesia, como Rosita Kempf e Orides Fontela, lembra o crítico David Arrigucci Jr. Massao não perdia os comícios poéticos da Livraria Brasiliense, que reunia dezenas de poetas, e nos quais se liam poemas revolucionários de Neruda, Lorca e Drumond, nas barbas dos agentes do DOPS que afirmavam não ver perigo naquelas frescuras. Depois, inspirou a Feira de Poesia No Municipal, festim poético que reuniu milhares de pessoas, inclusive poetas de outros estados, principalmente os que despontavam no cenário político de Copacabana.
Lembro-me quando Massao coproduziu o Bandido da luz Vermelha do Sgarnzela. Ao fim das filmagens íamos todos, no Landau do bandido, tomar umas no Pari bar.
Massao era de uma violência apaixonada no amor, mas tranqüilo como uma ioga quando levantava seu copinho de cachaça, da mesa à boca. Foi fiel e esse gesto durante toda a vida.
Autor: Jorge da Cunha Lima -
domingo, 20 de junho de 2010
Boca Lorca
Perdi-me muitas vezes pelo mar,
o ouvido cheio de flores recém cortadas,
a língua cheia de amor e de agonia.
Muitas vezes perdi-me pelo mar,
como me perco no coração de alguns meninos.
Porque as rosas buscam na frente
uma dura paisagem de osso
e as mãos do homem não têm mais sentido
senão imitar as raízes sob a terra.
Como me perco no coração de alguns meninos,
perdi-me muitas vezes pelo mar.
Ignorante da água vou buscando uma morte de luz que me consuma
Frederico Garcia Lorca
A foto e da minha amiga Clara Maia que e amiga da Bruna Moraes
Boca Lorca
Língua libertaria
Olhos de silencio
Cabelos protegidos do vento
Nariz arrebitado irreverente
Clara transparente
Clara que desliza a clarabóia
para sempre chegar na frente
Clara que jamais e clarente
que escanclara alegria em viver
cada clarividencia que esclarece
cada clarinete momento!
Carlos Gutierrez
o ouvido cheio de flores recém cortadas,
a língua cheia de amor e de agonia.
Muitas vezes perdi-me pelo mar,
como me perco no coração de alguns meninos.
Porque as rosas buscam na frente
uma dura paisagem de osso
e as mãos do homem não têm mais sentido
senão imitar as raízes sob a terra.
Como me perco no coração de alguns meninos,
perdi-me muitas vezes pelo mar.
Ignorante da água vou buscando uma morte de luz que me consuma
Frederico Garcia Lorca
A foto e da minha amiga Clara Maia que e amiga da Bruna Moraes
Boca Lorca
Língua libertaria
Olhos de silencio
Cabelos protegidos do vento
Nariz arrebitado irreverente
Clara transparente
Clara que desliza a clarabóia
para sempre chegar na frente
Clara que jamais e clarente
que escanclara alegria em viver
cada clarividencia que esclarece
cada clarinete momento!
Carlos Gutierrez
sábado, 19 de junho de 2010
Recaidas
Então eu me vejo assim...
sem saída...sem saídas...
e tenho outras tolas recaídas...
prometo coisas que não posso cumprir
gasto o meu tempo pra me auto iludir
mentir...mentir...que eu posso sair dessa ileso
sem estar preso as sua amadas algemas
Recaídas quem esta livre delas
e não cria inauditos estratagemas
para levantar e caminhar mais um pedaço de rua
Carlos Gutierrez
sem saída...sem saídas...
e tenho outras tolas recaídas...
prometo coisas que não posso cumprir
gasto o meu tempo pra me auto iludir
mentir...mentir...que eu posso sair dessa ileso
sem estar preso as sua amadas algemas
Recaídas quem esta livre delas
e não cria inauditos estratagemas
para levantar e caminhar mais um pedaço de rua
Carlos Gutierrez
Muro
Mirei meus olhos de ontem
no retrovisor
Chuviscavam fraquezas
vendo o vôo das borboletas
amputadas
insistiam em encarar o falso
suplicando rações de verdade
como salário do mês trabalhado
Ainda não sabem que nem sempre haverá pão
na padaria suja da esquina
Nem sempre unhas vermelhas
Nem sempre cabides de lamento
Eram ampulhetas viciadas
em crer no infinito
e não viam importância
em distinguir diferença
e indiferença.
Pois sangra da mesma maneira.
Meus olhos de ontem eram restos
que precisava enfrentar.
Como eram nojentos os meus olhos de ontem!
Barbara Leite
no retrovisor
Chuviscavam fraquezas
vendo o vôo das borboletas
amputadas
insistiam em encarar o falso
suplicando rações de verdade
como salário do mês trabalhado
Ainda não sabem que nem sempre haverá pão
na padaria suja da esquina
Nem sempre unhas vermelhas
Nem sempre cabides de lamento
Eram ampulhetas viciadas
em crer no infinito
e não viam importância
em distinguir diferença
e indiferença.
Pois sangra da mesma maneira.
Meus olhos de ontem eram restos
que precisava enfrentar.
Como eram nojentos os meus olhos de ontem!
Barbara Leite
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Mistura Fina
Misture os nossos rostos
num beijo repentino
empreste a sua língua molhada de gritos
que eu empresto o meu silencio aflito
enxerte a sua voz tagarela
que eu jorro murmúrios
e picho os seus muros
com o spray brilhante de uma declaração
feitas as pressas sem a cal da hesitação
Misture os seus cabelos em minhas tremulas mãos
quem sabe eu descubra o poder de um carinho
Misture a sua multidão
na minha solidão
Triture os nossos ossos
num abraço estranho e forte
e torne os nossos corpos macios
vazios de preconceitos
e cheios de desejos
Misture os nossos copos
as nossas taças
misture o champagne do seu encanto
em meu vinho seco que sonha doce
Misture a sua surpresa
ao que eu nem sei o que trouxe...
misture...misture...
e depure...
Mistura Fina
grãos de areia do meu deserto
em seu oásis descoberto
Carlos Gutierrez
num beijo repentino
empreste a sua língua molhada de gritos
que eu empresto o meu silencio aflito
enxerte a sua voz tagarela
que eu jorro murmúrios
e picho os seus muros
com o spray brilhante de uma declaração
feitas as pressas sem a cal da hesitação
Misture os seus cabelos em minhas tremulas mãos
quem sabe eu descubra o poder de um carinho
Misture a sua multidão
na minha solidão
Triture os nossos ossos
num abraço estranho e forte
e torne os nossos corpos macios
vazios de preconceitos
e cheios de desejos
Misture os nossos copos
as nossas taças
misture o champagne do seu encanto
em meu vinho seco que sonha doce
Misture a sua surpresa
ao que eu nem sei o que trouxe...
misture...misture...
e depure...
Mistura Fina
grãos de areia do meu deserto
em seu oásis descoberto
Carlos Gutierrez
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Contra -Mao
Na contra-mão
da multidão
odeio vuvuzelas
preservo os meus ouvidos
essas cornetas insanas
como as massas espremidas
entre as pernas e gramas
e os delírios galvaobuenisticos
O que a sua vida ganha com isso?
Estou na contra-mão
e sigo o meu caminho...
interceptando as pedras
como um limitado zagueiro
agarrando da vida o que puder
como um afobado goleiro
lançando bolas murchas
exdruxulas
driblando os meus próprios medos
chutando os meus desejos afoito
que batem todos nas traves
e silenciam gritos de gol!
Carlos Gutierrez
da multidão
odeio vuvuzelas
preservo os meus ouvidos
essas cornetas insanas
como as massas espremidas
entre as pernas e gramas
e os delírios galvaobuenisticos
O que a sua vida ganha com isso?
Estou na contra-mão
e sigo o meu caminho...
interceptando as pedras
como um limitado zagueiro
agarrando da vida o que puder
como um afobado goleiro
lançando bolas murchas
exdruxulas
driblando os meus próprios medos
chutando os meus desejos afoito
que batem todos nas traves
e silenciam gritos de gol!
Carlos Gutierrez
domingo, 13 de junho de 2010
Insonia
Sem um pingo de sono
abandono a cama
o abraço retangular do travesseiro
procuro você em um sonho
antes que um pesadelo medonho
chegue mais rápido
e possa estrangular a minha insónia
Então eu lhe procuro
dentro do meu caderno de poemas
eu sei eu sei
que em algum verso vou lhe encontrar
eu posso sonhar
sentado numa cadeira
e viajar em sua magica esteira
ate que não seja
uma terrível segunda feira...
ah! assim eu estou
sem um pingo de sono
na tempestade da sua lembrança!
Carlos Gutierrez
abandono a cama
o abraço retangular do travesseiro
procuro você em um sonho
antes que um pesadelo medonho
chegue mais rápido
e possa estrangular a minha insónia
Então eu lhe procuro
dentro do meu caderno de poemas
eu sei eu sei
que em algum verso vou lhe encontrar
eu posso sonhar
sentado numa cadeira
e viajar em sua magica esteira
ate que não seja
uma terrível segunda feira...
ah! assim eu estou
sem um pingo de sono
na tempestade da sua lembrança!
Carlos Gutierrez
Moldura
Achegue-se bem perto,
encaixe-se perfeitamente nessa calma,
nessa preguiça das coisas antigas,
na cama de solteiro do meu quarto.
No porta-retrato já empoeirado
entre minhas pernas depiladas
nos meus sonhos descabidos,
em minha agenda acelerada.
Alastre-se em minha retina,
quando tudo for o mesmo.
Isso serve também pra rotina
desenfreada dos meus medos
Decore minhas feições,
imperfeições, meu lodo.
E continue ao meu lado.
Infiltre-se nos meus conflitos
Rode o bambole da minha paz.
Seja amigo dos meus amigos
Seja tudo o que for capaz
Cante o silêncio dos que se entendem
quando tudo for desgaste.
Invente comigo uma ciência
onde leste mais leste
pode ser norte.
Onde rubro mais rubro
pode ser azul.
Onde defeito mais defeito
pode ser compreensão.
E feito isso, eu retribuo
Lembrando você a toda canção.
Barbara Leite
encaixe-se perfeitamente nessa calma,
nessa preguiça das coisas antigas,
na cama de solteiro do meu quarto.
No porta-retrato já empoeirado
entre minhas pernas depiladas
nos meus sonhos descabidos,
em minha agenda acelerada.
Alastre-se em minha retina,
quando tudo for o mesmo.
Isso serve também pra rotina
desenfreada dos meus medos
Decore minhas feições,
imperfeições, meu lodo.
E continue ao meu lado.
Infiltre-se nos meus conflitos
Rode o bambole da minha paz.
Seja amigo dos meus amigos
Seja tudo o que for capaz
Cante o silêncio dos que se entendem
quando tudo for desgaste.
Invente comigo uma ciência
onde leste mais leste
pode ser norte.
Onde rubro mais rubro
pode ser azul.
Onde defeito mais defeito
pode ser compreensão.
E feito isso, eu retribuo
Lembrando você a toda canção.
Barbara Leite
Live Poetically
I live poetically
Fresh Air
honey
rolled oats
semi-skimmed milk
Crispy cereal
wet and dry fruits
flowers on the balcony
strong coffee and aromatic
a soft black velvet coat in the cat
a complacent eye and food for a dog can turn
a glimpse into the bounce of a cricket
a dream not yet dissipated
its sweet and tender remembrance
a song in the air
that invades the ears
and warms the heart
A walk
without forcing the muscles
without playing anything
only the complicity of the sidewalk
a pair of canvas sneakers soft
comfortable jeans
a loose T-shirt
printed with a poem
that can be read by other people not hasty
I live poetically
live with what I have
and what I retain from my past
maybe in the future you might be on my side
holding hands and deep silences
that touch the soul
who knows it all ends in a happy ending
the ones we never regret
understand?
I live poetically
time away from home
Evite work
or in a narrow room of an old cinema
or even a garden full of butterflies birds
insects and several wooden benches or cold cement
sometimes at home
in the solitude of a room
the perversion of a screen
the adventure inside a comic old
along with retired heroes
and villains that cause no more fears
in bed asleep in the dream where stone floats
true love ...
I live poetically
dry wine not to oxidize the thoughts
oil to the delight of food
omega 3 fish and a long poem
Rescued from a lonely castaway ...
Carlos Gutierrez
Fresh Air
honey
rolled oats
semi-skimmed milk
Crispy cereal
wet and dry fruits
flowers on the balcony
strong coffee and aromatic
a soft black velvet coat in the cat
a complacent eye and food for a dog can turn
a glimpse into the bounce of a cricket
a dream not yet dissipated
its sweet and tender remembrance
a song in the air
that invades the ears
and warms the heart
A walk
without forcing the muscles
without playing anything
only the complicity of the sidewalk
a pair of canvas sneakers soft
comfortable jeans
a loose T-shirt
printed with a poem
that can be read by other people not hasty
I live poetically
live with what I have
and what I retain from my past
maybe in the future you might be on my side
holding hands and deep silences
that touch the soul
who knows it all ends in a happy ending
the ones we never regret
understand?
I live poetically
time away from home
Evite work
or in a narrow room of an old cinema
or even a garden full of butterflies birds
insects and several wooden benches or cold cement
sometimes at home
in the solitude of a room
the perversion of a screen
the adventure inside a comic old
along with retired heroes
and villains that cause no more fears
in bed asleep in the dream where stone floats
true love ...
I live poetically
dry wine not to oxidize the thoughts
oil to the delight of food
omega 3 fish and a long poem
Rescued from a lonely castaway ...
Carlos Gutierrez
Simply Blue
The Blue and a cool color
evokes melancholy
deep thoughts
but the sky does not freeze stars
when you see so always beautiful
thrives on travel and the sea calm
The Blue X-ray of his soul sincere
The blue of his jeans jacket of his
The blue that feeds on dreams
thousand and one nights waiting
The Blue will dilute the smoke
a locomotive for
on the platform of a gaze that fixes
blue ennobling the landscape
Carlos Gutierrez
evokes melancholy
deep thoughts
but the sky does not freeze stars
when you see so always beautiful
thrives on travel and the sea calm
The Blue X-ray of his soul sincere
The blue of his jeans jacket of his
The blue that feeds on dreams
thousand and one nights waiting
The Blue will dilute the smoke
a locomotive for
on the platform of a gaze that fixes
blue ennobling the landscape
Carlos Gutierrez
sábado, 12 de junho de 2010
Simplesmente Azul
O Azul e uma cor fria
evoca melancolia
profundas reflexões
mas o céu não congela estrelas
quando lhe vê assim sempre bela
e o mar prospera em viagens tranquilas
O Azul da abreugrafia da sua alma sincera
O Azul do seu jeans da sua jaqueta
O azul que alimenta de sonhos
mil e uma noites de espera
O Azul que dilui na fumaça
de uma locomotiva que para
na plataforma de um olhar que repara
no azul enobrecendo a paisagem
Carlos Gutierrez
evoca melancolia
profundas reflexões
mas o céu não congela estrelas
quando lhe vê assim sempre bela
e o mar prospera em viagens tranquilas
O Azul da abreugrafia da sua alma sincera
O Azul do seu jeans da sua jaqueta
O azul que alimenta de sonhos
mil e uma noites de espera
O Azul que dilui na fumaça
de uma locomotiva que para
na plataforma de um olhar que repara
no azul enobrecendo a paisagem
Carlos Gutierrez
Madrugada de Junho
que finda entre festas
de ascender chamas outras
e castanholas preteridas
ninhos de insetos que moram
no vão oco de pedaços
da espanha que brincam
moram entre a sala
de muito ferro
que aprecia borboletas
em rodopios pelo jardim de
inverno
poeiras em livros de capa bem dura
segurando melhor as palavras
novas histórias
milhares pessoas
encalacradas
sem corpo
como que dançando
músicas escolhidas
morando na sub-imagem
debaixo das mensagens
meio subcutâneas
quase bethânias
entre viragem
resquícios meus
quase nossos
quando me deixo ir
entre-quebrando
dex/sendo em
ser-se fora
o que me salva é o
quentão
Beatriz Bajo
de ascender chamas outras
e castanholas preteridas
ninhos de insetos que moram
no vão oco de pedaços
da espanha que brincam
moram entre a sala
de muito ferro
que aprecia borboletas
em rodopios pelo jardim de
inverno
poeiras em livros de capa bem dura
segurando melhor as palavras
novas histórias
milhares pessoas
encalacradas
sem corpo
como que dançando
músicas escolhidas
morando na sub-imagem
debaixo das mensagens
meio subcutâneas
quase bethânias
entre viragem
resquícios meus
quase nossos
quando me deixo ir
entre-quebrando
dex/sendo em
ser-se fora
o que me salva é o
quentão
Beatriz Bajo
ENTRELAÇAR
ENTRELAÇAR
SOMBRAS
E LUZES
OPACAS
OU BRILHANTES
ESCLARECER AS SOMBRAS
DO INSTANTE
ENCAIXAR O ETERNO
TER O PLENO DOMINIO DAS JANELAS
PRESSENTIR O RANGER DAS PORTAS
GIRAR AS MANIVELAS
EXTRAIR O PO
O POLEM DA ALMA SINCERA
ENTRELAÇAR
O QUE PODERIA SER
COM O QUE ESTA SENDO DE FATO
ENTRELAÇAR
O NEGATIVO COM O RETRATO
SOMBRAS
E LUZES
OPACAS
OU BRILHANTES
ESCLARECER AS SOMBRAS
DO INSTANTE
ENCAIXAR O ETERNO
TER O PLENO DOMINIO DAS JANELAS
PRESSENTIR O RANGER DAS PORTAS
GIRAR AS MANIVELAS
EXTRAIR O PO
O POLEM DA ALMA SINCERA
ENTRELAÇAR
O QUE PODERIA SER
COM O QUE ESTA SENDO DE FATO
ENTRELAÇAR
O NEGATIVO COM O RETRATO
Punhal Poetico
Que a minha poesia seja esse corte,
Essa lâmina cega sem ponta e sem rima,
Esse corte tácito e feroz de paz e desespero,
Esse sangue que jorra á gotejar noite no amanhecer.
Que a minha poesia seja aquilo que te dói,
E que essa dor te acorde todos os sentidos,
Assim como a solidão desperta meus versos.
Que a minha poesia seja esse corte simples e direto,
Essa faca á enxertar imensidão no seu peito,
Esse éden dentro do purgatório do teu ser.
Que a minha poesia seja tangível e ecumênica,
Uma cantiga de loucos, padres, crianças e putas,
Um punhal poético á rasgar tua alma nua.
Thiago Cardoso Sepriano
Arca da poesia:
http://arcadapoesia.criarumblog.c om/
Essa lâmina cega sem ponta e sem rima,
Esse corte tácito e feroz de paz e desespero,
Esse sangue que jorra á gotejar noite no amanhecer.
Que a minha poesia seja aquilo que te dói,
E que essa dor te acorde todos os sentidos,
Assim como a solidão desperta meus versos.
Que a minha poesia seja esse corte simples e direto,
Essa faca á enxertar imensidão no seu peito,
Esse éden dentro do purgatório do teu ser.
Que a minha poesia seja tangível e ecumênica,
Uma cantiga de loucos, padres, crianças e putas,
Um punhal poético á rasgar tua alma nua.
Thiago Cardoso Sepriano
Arca da poesia:
http://arcadapoesia.criarumblog.c
Euforia das perspectivas
Amilcar de Castro
A euforia das perspectivas
os planos convergentes
as arestas retalhadas
a vida que nao para
o coraçao da cidade que nao sossega
e esfrega nas janelas dos nossos olhos de espera
tantas possibilidades
imagens retorcidas
faces distorcidas
volumes
profundidades
o caos
ou a bagunça necessaria
contra a letargia
contra a alergia de ficar inerte
A vida e um flerte compulsorio
no territorio da imaginaçao
entao eu olho o desnho de Amilcar
e tento interpretar cada traço
que provoca e belisca o suporte burocratico
Posso ver do lado direito a projeçao
de um parque de diversoes
com uma imponente roda gigante
e do lado esquerdo um piano abandonado
jogado do alto do ultimo andar
do arranha-ceu desesperado
que ama...ama..ama..derrama para-raios
antenas desgastadas
e nao consegue abraçar
a longiqua estrela...
mas ha ainda outros traços...
Carlos Gutierrez
A euforia das perspectivas
os planos convergentes
as arestas retalhadas
a vida que nao para
o coraçao da cidade que nao sossega
e esfrega nas janelas dos nossos olhos de espera
tantas possibilidades
imagens retorcidas
faces distorcidas
volumes
profundidades
o caos
ou a bagunça necessaria
contra a letargia
contra a alergia de ficar inerte
A vida e um flerte compulsorio
no territorio da imaginaçao
entao eu olho o desnho de Amilcar
e tento interpretar cada traço
que provoca e belisca o suporte burocratico
Posso ver do lado direito a projeçao
de um parque de diversoes
com uma imponente roda gigante
e do lado esquerdo um piano abandonado
jogado do alto do ultimo andar
do arranha-ceu desesperado
que ama...ama..ama..derrama para-raios
antenas desgastadas
e nao consegue abraçar
a longiqua estrela...
mas ha ainda outros traços...
Carlos Gutierrez
Transparencia
Toda transparencia que um olhar
possa refletir e orientar
tudo...tudo que ele consiga forjar:
paisagens...lembrancas
de encantadas viagens...
passagens marcantes...
brisas ...Brisaudades...
Toda transparencia
que a sua face clara
em contraste com os seus cabelos negros
novelos de sedas e misterios
declara mesmo em silencio
A pele branca que arranca
do obscuro da alma
os versos mais iluminados
Carlos Gutierrez
possa refletir e orientar
tudo...tudo que ele consiga forjar:
paisagens...lembrancas
de encantadas viagens...
passagens marcantes...
brisas ...Brisaudades...
Toda transparencia
que a sua face clara
em contraste com os seus cabelos negros
novelos de sedas e misterios
declara mesmo em silencio
A pele branca que arranca
do obscuro da alma
os versos mais iluminados
Carlos Gutierrez
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Adriana Calcanhotto -- Mulher Sem Razão - Clipe
INVEJO O SEU NAMORADO
Eu cometo o doce pecado
dos sete capitais
a inveja
que quer sempre mais
do que jamais pode ter
a sua perfumada presença
a sua delicada pele
toda a essencia dos seus carinhos
Eu cometo o pecado
Ah! como eu invejo o seu namorado
esse principe encantado
dominando a alvo cavalo
que atropela os meus sonhos
mas conserva ainda intacta
a jarra que derruba mais inveja
e alimenta os olhos obesos
que descarregam todo o peso da frustraçao...
E se uma repentina chuva lhe pegar desprevenida
saiba que elas vieram das nuvens
que escondem as iris invejosas dos meus irados olhos!
Carlos Gutierrez
quarta-feira, 9 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
Bobo Apaixonado
Duas doses de whisky Modigliani
duas tomadas de folego
Esta frio agora
muito frio
Enrolo-me em seu cobertor
Sinto o seu corpo macio
a sua pele que evapora marcantes perfumes
aromas de sonhos
fragrancias de aurora!
ja sinto calor!
tremor nas maos!
pra interpretar a sua cintura
que flutua e me dessarruma
voce me faz bem!
voce me faz cair da cama
e achar tudo engraçado!
um bobo apaixonado!
Carlos Gutierrez
duas tomadas de folego
Esta frio agora
muito frio
Enrolo-me em seu cobertor
Sinto o seu corpo macio
a sua pele que evapora marcantes perfumes
aromas de sonhos
fragrancias de aurora!
ja sinto calor!
tremor nas maos!
pra interpretar a sua cintura
que flutua e me dessarruma
voce me faz bem!
voce me faz cair da cama
e achar tudo engraçado!
um bobo apaixonado!
Carlos Gutierrez
sábado, 5 de junho de 2010
Mondo Modigliane
Paris e um amor
Ode de absinto
E dança
A voz de Piaf acorda
As pedras de um beco:
“C'est lui pour moi
Moi pour lui dans la vie”
Um passo uma dança
O peito tísico abraça:
Pele lunar de Jeanne
- A musa sem olhos -
Os bêbados rasgados
A lua amassada
E o triste passado
Sepultado em Livorno
Bárbara Lia para Modigliani
maio/2010
http://chaparaasborboletas.blogspot.com/
Bárbara Lia é poeta e escritora. Viveem Curitiba. Livros publicados: O sorriso de Leonardo (Kafka ed. - 2.004), Noir (ed. do autor – 2.006), O sal das rosas (Lumme editor – 2.007), A última chuva (ME – ed. alternativas – MG – 2.007). No prelo, lançamento para agosto, o romance Solidão Calcinada (Secretaria da Cultura / Imprensa Oficial do Paraná, romance finalista do Prêmio Nacional do Sesc 2.005 - Site www.chaparaasborboletas.blogspot.
E-mail: barbaralia@gmail.com
Ode de absinto
E dança
A voz de Piaf acorda
As pedras de um beco:
“C'est lui pour moi
Moi pour lui dans la vie”
Um passo uma dança
O peito tísico abraça:
Pele lunar de Jeanne
- A musa sem olhos -
Os bêbados rasgados
A lua amassada
E o triste passado
Sepultado em Livorno
Bárbara Lia para Modigliani
maio/2010
http://chaparaasborboletas.blogspot.com/
Bárbara Lia é poeta e escritora. Vive
E-mail: barbaralia@gmail.com
Alguem que encontrasse Coco Chanel
So quero os seus beijos
os seus lampejos
as suas luzes parisienses
as suas sombras non sense
o seu perfume chanel numero cinco
So quero voce em meus ambientes
so voce
so o po da sua lembrança
o requinte dos seus residuos
quero ser assiduo em sua vida
sem me tornar enfadonho
quero ser o que voce e para mim
um sonho sem fim
Amo amo voce
Carlos Gutierrez
os seus lampejos
as suas luzes parisienses
as suas sombras non sense
o seu perfume chanel numero cinco
So quero voce em meus ambientes
so voce
so o po da sua lembrança
o requinte dos seus residuos
quero ser assiduo em sua vida
sem me tornar enfadonho
quero ser o que voce e para mim
um sonho sem fim
Amo amo voce
Carlos Gutierrez
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Fase Azul
Todos nos
temos como Pablo Picasso
uma fase azul em nossas vidas
de tantos caminhos
encontros e percalços
a fase azul que esfria
a exagerada energia
que as paixoes consomem
a fase azul que nos ensina
que a vida nao e so alegria
despreendimento
a vida tambem e melancolia
permeada de lamentos
e visoes claras
dos cobaltos sobressaltos
dos anis e marinhos momentos
Eu ainda me lembro
Os primeiros jeans
engomados
o fascinio de acompanhar
o desbotar
o desabrochar do magnifico indigo blue
Carlos Gutierrez
temos como Pablo Picasso
uma fase azul em nossas vidas
de tantos caminhos
encontros e percalços
a fase azul que esfria
a exagerada energia
que as paixoes consomem
a fase azul que nos ensina
que a vida nao e so alegria
despreendimento
a vida tambem e melancolia
permeada de lamentos
e visoes claras
dos cobaltos sobressaltos
dos anis e marinhos momentos
Eu ainda me lembro
Os primeiros jeans
engomados
o fascinio de acompanhar
o desbotar
o desabrochar do magnifico indigo blue
Carlos Gutierrez
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Amy Winehouse - Love Is A Losing Game - Official Music Video
O Amor e um jogo
um jogo de palavras e afetos
camuflados ou manifestos
mas e sempre um jogo
com toda a adrenalina que merece
com todo o entusiasmo
que se pode ter
antes de girar a roleta
o destino
com toda a euforia
que possa ferver o sangue
estremecer todo o corpo
quando se realiza
ou com toda a desolaçao
e tolas lamurias
quando se perde
O amor e sempre um jogo
de promessas
de caricias
de carencias
a auto transparencia
que nao podemos evitar
Carlos Gutierrez
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Bob
When The Deal Goes Down
In the still of the night, in the world's ancient light
Where wisdom grows up in strife
My bewildered brain, toils in vain
Through the darkness on the pathways of life
Each invisible prayer is like a cloud in the air
Tomorrow keeps turning around
We live and we die, we know not why
But I'll be with you when the deal goes down
We eat and we drink, we feel and we think
Far down the street we stray
I laugh and I cry and I'm haunted by
Things I never meant nor wished to say
The midnight rain follows the train
We all wear the same thorny crown
Soul to soul, our shadows roll
And I'll be with you when the deal goes down
Well, the moon gives light and it shines by night
When I scarcely feel the glow
We learn to live and then we forgive
O'r the road we're bound to go
More frailer than the flowers, these precious hours
That keep us so tightly bound
You come to my eyes like a vision from the skies
And I'll be with you when the deal goes down
Well, I picked up a rose and it poked through my clothes
I followed the winding stream
I heard the deafening noise, I felt transient joys
I know they're not what they seem
In this earthly domain, full of disappointment and pain
You'll never see me frown
I owe my heart to you, and that's sayin' it true
And I'll be with you when the deal goes down
Bob Dylan
Quando As Coisas Estiverem Indo Mal"
No destilar da noite, na luz antiga do mundo
Onde a sabedoria cresce no conflito
Meu cérebro confuso, trabalha em vão
Através da escuridão do trajeto da vida.
Cada oração invisível é como uma nuvem no ar
O amanhã mantem-se a girar.
Nós vivemos e nós morremos, nós não sabemos por que
Mas eu estarei com você quando as coisas estiverem indo mal
Nós comemos e nós bebemos, nós sentimos e nós pensamos
Distante, na estrada, nós vagamos.
Eu rio e eu choro e eu sou assombrado por
Coisas que eu nunca entendi nem quis dizer
A chuva da meia-noite segue o trem
Todos nós desgastamos a mesma coroa de espinhos
Alma à alma, nosso giro de sombras
E eu estarei com você quando as coisas estiverem indo mal
Bem, a lua dá luz e brilha pela noite
Quando eu mal sentir o fulgor
Nós aprendemos a viver e então nós esquecemos
Na estrada que somos limitados para ir
Mais frágeis que as flores, estas horas preciosas
Esse sustento tão firmemente limitado
Você vem a meus olhos como uma visão dos céus
E eu estarei com você quando as coisas estiverem indo mal
Bem, eu apanhei uma rosa e coloquei na minha roupa
Eu segui o correnteza do rio
Ouvi o ruído ensurdecedor, eu senti breves alegrias
Eu sei que eles não são o que parecem
Neste domínio terrestre, de completa decepção e dor
Você nunca me verá zangado
Eu lhe devo meu coração, e está dizendo que é verdade
E eu estarei com você quando as coisas estiverem indo mal.
Bob Dylan
terça-feira, 1 de junho de 2010
EXTIRPA
Tire tire essa palidez do meu rosto
essa morbidez dos meus olhos
tire esse mau humor da minha face
e com a sua doçura tire o amargor da minha boca
Tire o tirano silencio da minha garganta
e espanta tolos medos
de que adianta viver sem arriscar
Tire tire da minha voz relutantes confidencias
e preencha o meu vazio com o chiclets da sua essencia...
Corte o limao das minhas palavras acidas
com o licor envolvente dos seus murmurios
em meus ouvidos ainda puros
Desarme os meus braços
surpreenda-os com um forte abraço
pra eu sentir a maciez do seu corpo
a seda da sua pele e afluidez da sua alma pura
e esquecer que a vida e tao dura e cruel
Tire o fel de um pombo-correio
por vocaçao e enlevo
Carlos Gutierrez
essa morbidez dos meus olhos
tire esse mau humor da minha face
e com a sua doçura tire o amargor da minha boca
Tire o tirano silencio da minha garganta
e espanta tolos medos
de que adianta viver sem arriscar
Tire tire da minha voz relutantes confidencias
e preencha o meu vazio com o chiclets da sua essencia...
Corte o limao das minhas palavras acidas
com o licor envolvente dos seus murmurios
em meus ouvidos ainda puros
Desarme os meus braços
surpreenda-os com um forte abraço
pra eu sentir a maciez do seu corpo
a seda da sua pele e afluidez da sua alma pura
e esquecer que a vida e tao dura e cruel
Tire o fel de um pombo-correio
por vocaçao e enlevo
Carlos Gutierrez
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