Vazio...
roendo, rangendo os dentes,
contentes,
exibindo pingentes pra nos demolir.
A loucura goteja,
A cada sonho que almeja,
A cada fruto na bandeja
Um egoísta à sorrir.
São poças d'água,
partículas do mar
residente em mim.
A ilusão de iludir-me.
Alimentar os monstros apenas com bossa;
A morte é para fracos como eu.
Mas não é pra vivos;
Pretendo viver.
Observar a cegueira voluntária,
consumir os risos inconsequentes,
as margens dos rios alheios.
consumir o Sol, a Lua.
Os dois, num só.
Estrelas mortas, vivendo alí.
São corpos quentes,
mas gelados de morte.
Gelados de escuridão.
Floresta de pedra, de aço...
Dormitório sagrado de meus olhos.
BRUNA MORAES
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