Como desprezo as trabalhadoras!
Tão compenetradas, furtivas,
Tal qual urtigas quando tocadas,
Separadas do seu açúcar...
Como gostaria de esmagá-las!
Poupá-las de suas vidas
frágeis e inúteis.
Débeis escravas fúteis.
Sempre desejando o doce.
Sempre procurando o açúcar.
Observo os padrões
De suas caminhadas.
Motivadas, obcecadas,
Não parando por nada.
Farejando, analisando,
Coletando o açúcar.
Pela manhã, à noite,
à tardinha, dedicadas,
obedecendo às ordens
da rainha, entregando-se
a vaidades infindáveis.
Lutando por migalhas,
Explodem em batalhas,
Cedendo a surtos
De ambição.
Esquecendo, ignorando
o coração.
Sempre cobiçando,
Sempre buscando o açúcar...
Zenilton Silva Júnior
Nenhum comentário:
Postar um comentário