quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

CARROSSEL

Cavalos
cavalinhos
de todas as cores
de tantos meninos
Cavalgam
em círculos
unidos
num súblime tropel
Gira gira
o carrossel
sobre os meus olhos
ainda tão crianças
rasga o véu
da minha perdida infância
É como se eu estivesse
sobre o dorso de um corcel alado
É como se eu fôsse levado
pelo futuro sem rédeas
num tempo selvagem
indomável
Cavalos
Cavalinhos
estalidos mecânicos
de todos os sons
menos de um galope enfurecido
Cavalgam
pela mente
de um homem
sem destino
Cavalgam cavalgam
a frente de um olhar panorâmico
e virtualmente
clandestino

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Salve