domingo, 29 de junho de 2008

MINE


Of some form

one day you were mine

in a dream inside of a night

lost in the time

you were so mine

inside of a paradisiacal island

imaginary of my soul

you were the calm

that it moved away the winds from the discord

and the storms of frustrations

that my ways to drenched

one day you were so mine

and this day was

what I lived truily

and it was valid

for all the others

where nothing it occurred

One day you were same in a sheet of paper

in a modesty poem

writing in a solitary hotel room...

mine!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Saudades de São Luis do Maranhão




Apesar das carências


da luta diária pela sobrevivência


São Luis e as suas belezas naturais


resiste, iluminada e inocente,


às intempéries do tempo


às agressões e depredações do progresso.


Maranhão é um estado pobre e desprotegido,


mas, mesmo assim, abençoado e enaltecido


em festas populares que o tornam rico em poesia.

domingo, 15 de junho de 2008

Quarto de Adolescente






































Cabem muitas coisas
muitos objetos
num quarto de adolescente
sempre repleto
e quase sempre confuso
Cabem quadros imagens e miragens nas paredes
Cabem roupas nos armários
e fora deles então
espalhadas
desleixadamente sobre o chão
Cabem livros cadernos escolares
gibis mocinhos e bandidos
tramas e vilões
revistas lindas garotas e precoces ilusões
sobre a escrivaninha
polida por sonhos
sem nenhuma noção de medida
Cabem sobre e dentro do armário
tantos discos
sons letras e riscos
uma canção para cada momento
para cada lembrança
Cabem no armário ainda
apetrechos esportivos
bolas redondas e ovais
disponíveis para cada exato lançamento
Cabem nas gavetas
muitos lápis e canetas
negros e coloridos
figurinhas
álbuns
embalagens brilhantes de bomboms
Nelas cabem também
folhas esparsas
tentativas de versos
para manifestar
o intenso amor
que talvez ela jamais saberá que um dia existiu
e se consolidou no tempo.

















sábado, 14 de junho de 2008

CANDELABRO


Feito um candelabro

me abro

suspenso

por todos os lados

e desvendo

no escuro

poros

feridas

porões soterrados

e lentamente

em luz

me propago

no descalabro

de tantos desejos

antes ocultos

indomáveis vultos

que atravessaram

paredes e insultos

Vital revelação

que vem de cima

do teto

que tenta

segurar

este chafariz suspenso

cintilantemente

tenso

Espelhos partidos

e refletidos

sobre todos os ambientes

até sobre os talheres

que seduzem

as línguas

e os dentes.

Salve