sábado, 24 de maio de 2008

Secrets of a Smile

A minha mais recente amiga Vera Rios emprestou o seu sorriso!
What it hides a smile

somebody successful thing

or the surprise to find

still the stranger?

What it hides a smile

all charming and allowed infancy

all the convulsive and assented adolescence

all the conquered maturity?

What it hides a smile

all the steps of the long road

or simple shortcuts

that they had searched

deeply the soul?

What it hides a smile

the clear and cleam calm to face

the annoyances and upheavals of the life?

What it hides a smile

it is the paradise of if having allowed

to prove the forbidden one and if to keep worthy

fidiciary office to its certainties

to it starts?

What it rides a smile

they are massive petals

resistant enamel

to the inks that try

to pitch in our lives

repressive phrases

insolent words

that to our it replies them ears

with love songs?

What a smile hides

perhaps the accomplishment

of that it was judged impossible to reach.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

GUERNICA de Fernanda Rodante


Picasso pintou Guernica em preto, branco e cinza.


Fernanda Rodante acrescentou cores à tragédia:


o amarelo desespero, o rosa pálido, o azul frieza, o vermelho sangue,o verde delírio...

Copo de Vidro

Este poema é bem antigo, foi escrito num guardanapo de papel; tive raros porres em minha vida, bebidas alcóolicas não me atraem, gosto mesmo é de café.


desenho de Sara Mello
Sangria 2

Num copo de vidro


lançei um olhar


Olhar tão profundo


eu lançei sem imaginar


que em poucos instantes


o líquido tão excitante


fôsse me dominar


me embriagar.








Na mesa afastada


bebi o amargo do passado


a angústia do presente


e o temor do futuro.








No bar tão escuro


saudades e lágrimas


se misturam


no coquetel da desilusão.








E sem consciência,


sem direção


bebi sem parar


na sêde de encontrar


um motivo,um sonho,


um alguém para amar.








O bar vai fechar


sou o último a sair


na mesa um sonho, um pedaço, um resto de mim


e um copo de vidro vazio e tristonho


que assiste com frieza o meu quase fim.








Caí em mim mesmo


na sarjeta da vida,


no delírio de uma paixão tolhida.


No porre mais uma fuga,


mais uma adiada despedida.

Salve