quinta-feira, 6 de março de 2008

Madeira-MamorÉ

eu andei de trem em Porto Velho, Rondônia em 1996, "puxado" por esta maravilhosa locomotiva!
Sob os escombros

da estrada de ferro

Madeira-Mamoré

resiste uma locomotiva a vapor

e alguns coadjuvantes vagões

que ainda conservam

resquícios de uma existência

dourada.

Sobre os trilhos castigados

por tantas jornadas

a locomotiva e os vagões

mesmo parados

abandonados

conservam o seu encanto

mescla de brinquedo

e austeridade.

Quando se viaja de trem

esquecemos de nossas verdadeiras idades

e somos todos

maravilhosamente

Piuiiiiii......Piuiiiiii.....Piuiiiiii......

meninos outra vez!

Eu olho a locomotiva

e tenho vontade de ser

o condutor

ou até mesmo o foguista

alimentar de lenha

e dar vida a todas estas pesadas engrenagens

Faíscas!

Eu olho a locomotiva

e tenho a vontade de ser seu eterno passageiro

sentar sobre a macia poltrona

contemplando as paisagens

sentindo o vento

tocando o meu rosto

rondando Rondônia

em seus recônditos

encantos e recantos.

Terra de Ninguém!

O céu é para todos!

O amor é um privilégio!

parece..

que tu estás ao meu lado

sinto as tuas suaves mãos

afagando as minhas trêmulas de emoção:

sinto a tua cabeça

encostada em meu ombro:

sinto a emoção

de encontrar um tesouro

sob os escombros

da estrada de ferro

Madeira-Mamoré .

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Salve