quarta-feira, 24 de junho de 2009

FATAL

Chega uma hora em que o pulso
parece parar
em que a mão não obedece
os nossos impulsos
em que os dedos convulsos
por escrever
são expulsos da folha de papel
Chega uma bora que a tinta da caneta termina
enquanto no coração germina
um punhado de versos
Chega uma hora
em que eu dobro o caderno
e soltam-se dispersos
versos
que eu já nem mais lembrava
ter escritos

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Salve