sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Colcha de Retalhos II

Sabes que eu não posso partir

que eu não posso viver sem ti

que eu sempre te procuro

e, às vezes, me perco no desespero de te encontrar

Esbarro

Atropelo em outras pessoas

me agarro em frágeis galhos prá não cair

Costuro versos aqui e acolá

procuro sonhos diversos

prá mostrar o quanto eu te quero

o quanto eu te espero...

sabes que eu não posso partir!Prefiro o teu silencio

a todos os gritos e sussurros

que possam eclodir sobre os meus caminhos...

às vezes vejo alguém e me confundo

vejo um vulto e me afundo no mar sómbrio...

eu só queria que tú não esquecesses

que eu a amo cada vez mais

que eu não posso viver sem ti jamais

sejam por apelos sentimentais

como um bolero que recupero

dentro de um tango que flerta com o jazz

ou por sentimentos complexos

que espargem reflexos e fantásticas visões

Não quero perder o teu sonho!

Tu és imprescindível ao tempo que eu ainda disponho

como um dedal é vital prá proteger o dedo

na hora da costura

como a linha é essencial para a agulha

que fagulha e se orgulha

quando une a colcha de retalhos

da tua encantadora lembrança!


Carlos Gutierrez

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