sábado, 15 de agosto de 2009

Nevoeiro

Eu abro a porta
e vejo tudo nublado
O nevoeiro me deixa assustado
Gélido vespeiro
prestes a atacar
Eu só vejo vultos passarem
Um gato pula no telhado
à procura de sua amada
Enquanto um frágil pássaro
se assusta dentro da árvore
Eu sou meio assim
vontade que fica pela metade
desejo a rua
e volto covarde
prá casa
não tenho a estrutura
as patas ágeis do gato
nem as asas delgadas dos pássaros
nem antenas dos insetos
só o nevoeiro eu vejo
porque ele me lembra o deserto
Longe ou perto
eu mais me incerto
e acerto os sapatos
em meus pés prediletos

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Salve