sexta-feira, 12 de março de 2010

Minha Velha Chama

Minha velha chama
Eu não posso sequer pensar em seu nome
sem derramar uma lágrima fria
da quente lembrança que arde e crepita os meus pensamentos
Mas é engraçado que de vez em quando
eles dirigem-se a piscar novamente
Para minha velha chama
que ainda derrama tanta luz
Minha velha chama
que sonha incêndios e cicatrizes vermelhas
na pele azul cobalto do céu solitário
que sonha atiçar e queimar o véu do desejo
da garota supostamente apaixonada
por essa vela desgastada
esse corpo frágil de parafina
essa tentativa fracassada e suícida de ser um farol
em sua vida já tão iluminada e disputada
por tantos olhos e estrelas...
mas a chama insiste...
minha velha chama não desiste
do sopro dos seus lábios...
dizendo que me ama!


Carlos Gutierrez


tradução livre



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Salve