sábado, 12 de junho de 2010

Madrugada de Junho

que finda entre festas
de ascender chamas outras
e castanholas preteridas
ninhos de insetos que moram
no vão oco de pedaços
da espanha que brincam
moram entre a sala
de muito ferro
que aprecia borboletas
em rodopios pelo jardim de
inverno
poeiras em livros de capa bem dura
segurando melhor as palavras
novas histórias
milhares pessoas
encalacradas
sem corpo
como que dançando
músicas escolhidas
morando na sub-imagem
debaixo das mensagens
meio subcutâneas
quase bethânias
entre viragem
resquícios meus
quase nossos
quando me deixo ir
entre-quebrando
dex/sendo em
ser-se fora
o que me salva é o
quentão


Beatriz Bajo

Nenhum comentário:

Salve